quarta-feira, 8 de julho de 2015

Servidores do INSS em Pernambuco iniciam operação padrão e greve pode começar sexta-feira.



A paralisação dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), iniciada nesta terça-feira em 13 estados brasileiros, ainda não atingiu Pernambuco. Ao menos até a próxima sexta-feira. É o que garante o Sindicato dos Trabalhadores Públicos Federais em Saúde e Previdência Social em Pernambuco (Sindsprev-PE). 


Durante assembleia realizada no auditório do órgão, os servidores avaliaram a proposta salarial apresentada pelo governo federal, na quinta-feira da semana passada, e não aceitaram as condições para a pauta de reivindicações da campanha salarial nacional unificada de 2015. Com isso, a categoria iniciou hoje uma operação padrão (até o dia 9), ou seja, só estão sendo realizados atendimentos já agendados com antecedência.

De acordo com Sindsprev-PE, o Ministério do Planejamento propôs um reajuste de 21,3%, escalonado em quatro anos, da seguinte forma: 5,5% em 2016, 5% em 2017, 4,75% em 2018 e 4,5% em 2019. Para o sindicato, esse reajuste não repõe a inflação acumulada nos últimos anos e o governo não apresentou resposta para as outras reivindicações da campanha salarial. Eles reivindicam um reajuste salarial de 27,5% e melhores condições de trabalho.

Com a negativa da classe, a assembleia decidiu, de acordo com a decisão da Plenária Nacional dos Sindicatos Federais filiados à CNTSS/CUT, ocorrida na última sexta-feira, em Brasília, que a greve poderá ser deflagrada por tempo indeterminado, caso o governo não apresente uma nova proposta satisfatória de reajuste salarial na nova rodada de negociação que acontece hoje.  

A decisão de negar a proposta do governo foi aprovada por unanimidade pelos dirigentes presentes na Plenária Nacional dos Sindicatos Federais da Confederação. Estiveram presentes representados dos estados de Sergipe, Maranhão, Alagoas, Paraíba, Pernambuco, São Paulo, Bahia, Goiás e Distrito Federal. Por enquanto, as lideranças da confederação estão dialogando com as bases sobre as medidas que foram tomadas e a mobilização dos trabalhadores para a possível greve geral.

A avaliação dos dirigentes da Confederação é que a proposta do governo federal é insuficiente e não dialoga com a pauta de reivindicações encaminhada pelos servidores federais. Os trabalhadores querem retomar a pauta original, discutir benefícios, mudança na política remuneratória do governo federal, gratificações e outros pontos de destaque da campanha salarial deste ano.

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