terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Investigações de chacina em Poção, será acompanhada por grupo de promotores.



O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) começou a acompanhar as investigações da chacina registrada no município de Poção, no Agreste, na última sexta-feira (6). Quatro promotores de Justiça foram designados pelo procurador-geral de Justiça, Carlos Guerra de Holanda. Segundo a Polícia Civil, o crime que resultou na morte de três conselheiros tutelares e uma idosa tem relação com a disputa familiar pela guarda de uma criança de dois anos.

A decisão do MPPE de acompanhar as investigações foi tomada após reunião, nessa segunda-feira, entre o procurador-geral de Justiça e comissão formada por integrantes do Fórum Estadual dos Conselheiros Tutelares, Comitê Estadual de Direitos Humanos e outras entidades.

“O Ministério Público tem obrigação de entrar nessa luta, pois é parte da nossa responsabilidade dar uma resposta sobre este caso”, explicou o procurador-geral. Na pauta do encontro, várias questões ligadas aos Conselhos Tutelares, como a falta de legislação específica em alguns municípios, desestruturação e falta de apoio do Poder Público Municipal.

O Disque-Denúncia Pernambuco está oferecendo uma recompensa de até R$ 4 mil para quem tiver informações que ajudem a esclarecer o crime. Informações podem ser dadas pelo telefone (81) 3421-9595, na Região Metropolitana do Recife, ou (81) 3719-4545, no interior. . Outro canal para o repasse de informações é através do site da central www.disquedenunciape.com.br, que permite o envio de fotos e vídeos.

Entenda o caso

O crime aconteceu em uma estrada de acesso ao Sítio Cafundó. As vítimas estavam dentro do carro quando foram mortas a tiros. Elas voltavam de Arcoverde, no Sertão, onde pegaram a criança, que vivia com o pai e avó paterna. Nos fins de semana,  quinzenalmente, a menina ficava com os avós por parte da mãe. Segundo a PM, logo após a chacina, nem o pai nem a avó foram mais encontrados.

Depoimentos apontam que ameaças da avó paterna, que é oficial de Justiça, e do pai da criança aos avôs maternos eram constantes. A suspeita de que a avó materna, cujo nome está sendo mantido em sigilo, seja a mandante de crime ganhou mais força porque ela também responde a processo criminal por supostamente envenenar e matar a ex-nora e mãe da menina, Jucy Venâncio, 23, em 2013.

Em setembro de 2014, uma briga entre a oficial de Justiça e o avô materno da criança gerou um boletim de ocorrência. Agressões foram registradas dentro de uma unidade de saúde particular.

Fonte: Diário de Pernambuco.



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