quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Fonte da juventude: cientistas conseguem alongar cromossomos humanos




É assustador e intrigante, mas nunca a ciência esteve tão perto do que pode ser a fonte da juventude. Na literatura e na história, são incontáveis as expedições e as batalhas travadas na busca pela eternidade. Pouco sabiam eles que o segredo estava dentro de cada um, na pontinha dos 46 cromossomos que compõem o material genético de uma pessoa. Esse finalzinho que vai sendo consumido ao longo da vida é chamado de telômero. De acordo com as mais recentes investigações, ao analisar o tamanho dele, seria possível descobrir quanto tempo um indivíduo está “programado” para viver. Mas, se tudo está terminado quando acabam os telômeros, por que não descobrir uma forma de estender esses pedacinhos e aumentar o tempo de vida de cada célula?

Essa foi a missão da cientista Helen Blau, diretora do Laboratório Baxter para Biologia de Células-Tronco do Departamento de Microbiologia e Imunologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, na Califórnia. E, para ela, o ditado se confirma: missão dada é missão cumprida. Em laboratório, Blau aumentou a extensão de telômeros em células humanas in vitro. O método consiste na utilização de microRNA modificado capaz de penetrar no núcleo celular e codificar a produção da enzima telomerase transcriptase reversa (TERT), que aumenta o comprimento dos telômeros por adição de repetições de DNA.

Quatro grupos de células foram separados para o experimento. O primeiro recebeu micro-RNA modificado que codifica a TERT. Os outros três funcionaram como controle: um teve o micro-RNA que codifica uma forma inativa da TERT, outro recebeu uma solução na qual é entregue TERT e o último nenhum tratamento. Em alguns dias, os telômeros do primeiro grupo foram alongados rapidamente e os dos outros grupos não se alteraram. “Ficamos surpresos e satisfeitos com a rapidez que o micro-RNA/TERT estende telômeros”, comemorou Blau.

Nenhum comentário:

Postar um comentário