sábado, 23 de agosto de 2014

Chuvas não resolvem o problema da seca e Situação de Emergência renovada no Agreste de Pernambuco.

Iati, Águas Belas, Angelim, Bom Conselho, Brejão, Caetés, Capoeiras, Correntes, Garanhuns, Lagoa do Ouro, Jupi, Jucati, Paranatama, Palmeirina, Saloá, Terezinha, São Bento do Una, Lajedo e São João continuam em situação crítica.



O Governo de Pernambuco renovou por mais seis meses o decreto que declara "situação de emergência" no Agreste Pernambucano devido à estiagem e à queda intensificada das reservas hídricas de superfície, provocadas pela má distribuição pluviométrica na Região.

Em outras palavras, significa que a seca continua, e ela não é sinônimo apenas de falta de chuva, mas do forte impacto que causa a secular falta de políticas públicas para combater o problema. O decreto foi publicado nesta semana no Diário Oficial de Pernambuco. Após a publicação, ainda é preciso obter aprovação do Ministério da Integração Nacional e da Defesa Civil Nacional. Na prática, a situação de emergência significa maior facilidade para obtenção de medidas como contratação de carros-pipa, desburocratização de crédito, milho subsidiado e possíveis dispensas de licitação.

O período chuvoso da parte leste do Agreste - mais próxima e, portanto, mais influenciada pela Zona da Mata e pelo Litoral - termina no final deste mês sem que tenha chovido o suficiente para encher os reservatórios. Na parte oeste do Agreste - mais próxima ao Sertão e que, portanto, costuma obedecer a regimes de chuva semelhantes -, o período chuvoso vai de dezembro a abril e a situação também não é das mais animadoras. As chuvas só devem voltar em maio de 2015.

O secretário de Agricultura e Reforma Agrária de Pernambuco, Aldo Santos, reforça que as chuvas recentes no Agreste foram boas para a lavoura e para a recuperação agropecuária, mas que não foram suficientes. Ainda de acordo com o secretário, a aprovação da situação de emergência junto ao governo federal, necessária após o decreto estadual, não costuma demorar, fica num prazo em torno de dez dias. O cenário da volta dos carros pipa cortando as estradas do Agreste Meridional esta mais perto do que se imagina. 

Fonte: Carlos Eugênio 
(Com informações e Gráfico do Jornal do Commercio, de 21/08/2014) 

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