sexta-feira, 29 de março de 2013

Com Jesus no Jardim da Agonia...


Padre Roberto Júnior

Abbá! Pai!
É noite.
Noite fechada.

Minha alma está prostrada na poeira.
Sinto invadir-Me a tristeza e a angústia de morte...
Pai! Procuro Teu rosto, procuro a luz da Tua face...
E, no entanto, por companheiros só tenho as trevas!

Nas minhas trevas, Pai bendito,
Sei que estão as trevas do mundo:
Do pobre que não tem o que comer,
Do triste que já não encontra a alegria,
Do doente que se sente machucado pela vida,
Do solitário que não encontra quem o ame,
Do drogado que já não tem o gosto da vida,
Do escravizado pelas paixões que já não tem o gosto de ser livre,
Do que não crê e já não vê um sentido para a vida,
Do menino de rua que não tem a chance de uma infância inocente,
Do moribundo que se encontra às portas do momento decisivo da existência...

Pai! Abbá! Papai querido!
A morte Me apavora, porque é morte pelo pecado do mundo!
Pecado danado, feio, medonho, pesado,
Que ata feito corrente,
Que aliena, que faz a pobre humanidade cega, louca, insensata,
Presa a tantas paixões e vítima de tantos desencontros...

Pai, Eu vim para fazer Tua vontade,
Eu sempre busquei somente a Ti –
Tu foste sempre o Meu Tudo, o Meu Sentido, a Minha Paixão!
Ó Pai querido, agora, nesta noite de agonia,
Escura pelo pecado do mundo –
É a hora das trevas que não acolheram a Luz! –
Agora, mais uma vez, mais que nunca,
Com infinita confiança, com incondicional abandono,
Com total doação de amor,
Eu, Teu Filho, coloco Minha vida nas Tuas mãos benditas!

Pai, chegou a Hora!
Pai, glorifica o Teu Nome!
Pai, seja feita a Tua vontade!

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